O presidente da Câmara Municipal de Capivari, Du Tambú (Republicanos), se posicionou contrário à votação em regime de urgência do projeto de lei nº 45/2022, que trata do recebimento do recurso de R$ 1 milhão, enviado pelo Governo do Estado de São Paulo, para a realização de serviços emergenciais por conta das enchentes.
Durante a fala em tribuna, o parlamentar questionou os valores enviados pela Prefeitura para a realização dos serviços com esse recurso, principalmente os quase R$ 700 mil que serão usados para levar os entulhos do ecoponto para um aterro sanitário.
Para justificar seu posicionamento, ele apresentou um projeto de uma empresa particular que recicla podas de árvores (troncos com medidas padronizadas) e móveis de madeira, transformando-os em cavaco para geração de energia. “A gente está falando de R$ 700 mil que vai ser jogado num aterro sanitário sem necessidade, quando a gente pode fazer uma seleção desse material e mandar para a Eucatex”, declarou. O parlamentar defendeu que essa ação também colabora com a preservação do meio ambiente.
Segundo Du Tambú, aproximadamente 40% dos entulhos no ecoponto podem ser reutilizados, gerando assim economia para a Prefeitura. Inclusive, a sugestão dele é para que a Prefeitura fizesse uma parceria público-privada com as entidades filantrópicas, para que fosse feita uma seleção desses materiais e encaminhado para a empresa particular, que paga para recebê-los: cerca de R$ 70 a tonelada de móveis de madeira e cerca de R$ 60 a tonelada de podas de árvores.
Outro questionamento do presidente é a falta de informação no projeto de lei sobre quais bairros receberão os serviços com trator, pá carregadora, motoniveladora e rolo compactador. Sendo assim, ele cobrou para que a Prefeitura atenda os bairros Cancian, São Domingos, Bela Vista, Bonagúrio, Santa Cruz, Ribeirão, Santa Rita de Cássia (próximo a Elias Fausto), Paineirinhas e Moreto.
Por fim, disse não ser contra a vinda do recurso, mas que gostaria que o projeto seguisse a tramitação normal, com a análise das comissões permanentes para que todas as dúvidas fossem tiradas. O PL nº 45/2021 foi votado em regime de urgência por determinação da maioria do plenário (oito votos contra quatro) e, na ordem do dia, foi aprovado por unanimidade.