
Durante a 41ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Capivari, o projeto de lei que propõe o reajuste do valor da Zona Azul foi alvo de questionamentos e manifestações contrárias por parte de vereadores, com destaque para os posicionamentos de Thiago Braggion (PP) e Sandro Modas (PP), que defenderam a necessidade de mais estudos, transparência e diálogo antes de qualquer aumento.
Em pronunciamento na tribuna, o vereador Thiago Braggion afirmou ser contrário ao reajuste neste momento e ressaltou que a Zona Azul no município ainda carece de avaliações mais aprofundadas quanto ao seu funcionamento e aos impactos para comerciantes, trabalhadores e usuários do centro da cidade. O parlamentar mencionou, inclusive, a experiência recente do município de Americana, onde o contrato da Zona Azul foi suspenso para reavaliação.
“Não é o momento de aumentar valores para a população. Antes de qualquer reajuste, é preciso estudar melhor o sistema, ouvir comerciantes e usuários e avaliar quais efeitos reais a Zona Azul tem trazido para Capivari”, destacou Braggion durante sua fala.
O vereador também chamou a atenção para dificuldades práticas enfrentadas por usuários, como a falta de pontos de venda em determinadas regiões, citando áreas próximas ao INSS, além da ausência de informações claras sobre melhorias que justificassem o aumento do valor cobrado.
Durante o debate, o vereador Sandro Modas solicitou um à parte e reforçou a posição contrária ao projeto, questionando a ausência de contrapartidas apresentadas pelo Executivo. Segundo ele, não foram indicadas melhorias ou investimentos que acompanhassem o reajuste proposto.
“Chegou um projeto aumentando o valor da Zona Azul, mas sem qualquer explicação clara sobre quais benfeitorias seriam oferecidas em troca. Para quem utiliza o centro diariamente, esse aumento representa um impacto significativo no fim do mês”, afirmou Sandro.
Ambos os parlamentares defenderam que o tema seja analisado com mais profundidade pelas comissões permanentes da Casa, com a participação da empresa responsável pelo serviço e a escuta da população e dos comerciantes, antes de qualquer deliberação em plenário. O projeto não foi votado em regime de urgência e seguirá em tramitação na Câmara Municipal.




