Durante a 7ª Sessão Extraordinária, os vereadores Sandro Modas (PP) e Thiago Braggion (PP) levantaram preocupações sobre a política financeira adotada pelo Poder Executivo, especialmente em relação aos constantes parcelamentos de dívidas com o CapivariPrev e à contratação de novos empréstimos.
Sandro relembrou que, desde 2021, o município ampliou o número de parcelas de dívidas previdenciárias e contratou duas linhas de crédito que somam quase R$ 40 milhões, além de um empréstimo adicional de R$ 25 milhões aprovado em 2025. Segundo ele, os sucessivos reparcelamentos, incluindo os votados em maio e na sessão atual, revelam um cenário de alerta.
O vereador criticou a ausência de representantes do CapivariPrev e da Secretaria de Finanças para prestar esclarecimentos e reforçou a preocupação com o futuro dos servidores: “A dívida só aumenta. Se não tomarmos providências agora, daqui a cinco ou dez anos, como ficará a aposentadoria dos servidores?”, questionou.
Na mesma linha, Thiago Braggion destacou a contradição entre a aprovação de novos empréstimos e a incapacidade do município de honrar os parcelamentos existentes. Ele lembrou que as mudanças na previdência foram justificadas como forma de equilibrar as contas, mas que o cenário atual demonstra o contrário. “Se não estamos pagando nossas dívidas, como vamos financiar outras coisas? Sem planejamento, o barco afunda”, declarou.
Ambos os vereadores reforçaram a necessidade de transparência, planejamento e medidas concretas de contenção de gastos, afirmando que a Câmara cumpre seu papel ao fiscalizar e cobrar responsabilidade na condução financeira do município. O projeto de lei referente ao novo parcelamento foi aprovado por nove votos favoráveis e duas abstenções.
